quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

· quando eu crescer eu quero ser... ·


Acabou. Ensino Médio adeus! Fériaaaas! Foi assim, a um tempo atrás que eu me senti. Mal terminou e já veio a cobrança: "Vai prestar vestibular pra quê? Olhe, tem que estudar!". Todo mundo combinou pra fazer a mesma pergunta, ou foi só mera coincidência? Porquê, obrigatoriamente, eu tenho que entrar para a tão falada e temida faculdade? Calma, não que eu não queira me formar em alguma coisa. Na verdade, é uma das coisas que eu mais quero. Engenharia. Artes Cênicas. Psicologia. Gastronomia. Publicidade e Propaganda. Moda. Tantas opções. Sempre é essa pressão? Família, amigos, vizinhos fofoqueiros, até pessoas desconhecidas. Uma vez eu estava conversando com uma mulher que eu tinha acabado de conhecer na fila do banco. Estávamos falando sobre escola, e eu disse que tinha terminado o Ensino Médio. Ela disse "Nossa, que legal! E aí, VAI prestar vestibular pra quê?". Alguém esqueceu de dizer a ela que antes dessa famosa pergunta vem a esquecida "E aí, você PRETENDE prestar vestibular?". As pessoas acabam decidindo seu futuro sem que você perceba. Eu conheço tanta gente que se tornou médico só para continuar a geração de médicos da família, mas que no fundo queria ser, sei lá, jogador de futebol, e hoje, no intervalo entre uma cirurgia e um parto, assiste ao ESPN desejando estar no lugar daqueles jogadores. Por que um simples canudo de papel define o caráter de uma pessoa? Agora você pensa "Ai, agora ela exagerou! Nada a ver!". Isso já se tornou uma coisa tão normal, que as pessoas fazem sem perceber, mas quando se comenta parece uma coisa absurda. Julgar pela aparência da profissão. E é um absurdo. Quantos garis acharam dinheiro no lixo e devolveram? Quantos homens de "colarinho branco" já pegaram dinheiro público, na maior cara dura? Se continuar assim não corremos mais o risco de desmatamento e o planeta estará a salvo, por que o que tem de cara-de-pau por aí dá pra reconstruir a Amazônia. Então, sei lá. Se for prestar vestibular, escolha por você. Por que quem vai se matar de estudar antes e depois da prova é você, só você. E na hora de exercer a profissão, papai e mamãe não vão estar lá pra cumprir 8 horas ou mais de trabalho por dia, e convenhamos que trabalhar no que não nos interessa é perda de tempo e gasto de energia. E se não for prestar vestibular, não se deixe levar pelas críticas alheias. Viva sua vida, do jeito que você quiser. Quem não tem teto de vidro, que atire a primeira pedra. E se alguém vier me perguntar pra quê eu VOU prestar vestibular, eu vou respirar fundo e mandar ir catar coquinho! E Boa Sorte para nós!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

· quando tudo dá errado ... ·


... a gente para, respira e tenta seguir adiante com o pouco de paciência que nos resta. E quando a sua decisão muda totalmente o rumo da sua vida, para um lado que você nunca imaginou seguir? Estranho. Como dizem os sábios ditos populares "nunca diga 'dessa água não beberei'". A gente acaba pagando a nossa língua. Estranho mais uma vez. Não somos nós os verdadeiros donos das nossas decisões ? Afiis, o texto já tá ficando chato! Assim como essa definição de que nós somos os responsáveis pelas nossas decisões. Tentar tirar o pé da lama não sendo 4X4 é foda! Precisa de ajuda, ninguém é auto-suficiente. E, falando sério, quando já tá tudo uma merda mesmo, não adianta reclamar e nem chorar, porque isso não vai adiantar nada. Se não dá certo, bola pra frente. E se já tá no inferno, se agarra logo com o diabo e curte a festa!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

· adorável desgraçado ·


Sei lá. Adoro quando você me abraça. Odeio quando não me nota. Adoro quando me chama de moça bonita. Odeio quando está com pressa. Adoro quando me beija na testa. Odeio o fato de não me beijar na boca. Adoro quando me pede ajuda. Odeio quando não me chama pelo meu nome. Adoro quando pega na minha mão e o jeito horrível de simular o medo de escuro. Odeio quando me olha daquele jeito desconcertante, e me faz parecer uma boba diante de todos. Adoro o som da sua voz. Odeio quando não canta pra mim. Adoro o jeito engraçado de como você dança. Odeio sentir ciúmes. Adoro olhar em seus olhos castanhos e magnéticos. Odeio disfarçar e distanciar o que eu sinto. Adoro o emaranhado do seu cabelo. Odeio os dias que não o vejo. Adoro seu cheiro tão masculino e individual. Odeio quando me faz chorar, mesmo sem perceber. Adoro imaginar hipóteses. Odeio oportunidades perdidas. Adoro perder tempo lembrando do seu sorriso. Odeio quando debocham dos meus sentimentos. Adoro criar ciladas para te encontrar. Odeio quando não funcionam. Adoro o arrepio que a pronúncia do seu nome me causa. Odeio ser tão sonhadora. Adoro meu amor platônico. Odeio meu sentimento real. E por fim, vivo nessa bipolaridade conversa. Sentido amor e ódio por ti. Meu adorável desgraçado.

domingo, 22 de novembro de 2009

· pois tudo passa... até o amor ♫ ·


Texto de mil anos atrás, mas que achei pertinente para o momento vivido (:

Uma adolescente fala sobre o amor. Complexo. Contraditório. Intrigante. Justo uma das últimas pessoas que deveriam tocar nesse assunto resolve abordá-lo. Aí você se pergunta por que "uma das últimas?". Resposta: por que, geralmente nós, adolescentes, não amamos. Bem, agora você deve estar se perguntando "essa menina bebe?". Não, nem gosto de álcool ! Agora pare e analise a frase "nós adolescentes não amamos". Não se faça de besta, você entendeu o que eu quis dizer. É desse amor mesmo que eu estou falando. Desse que, geralmente, só os adultos sentem. Desse amor que nos traz alegrias e tristezas. Lágrimas com sorrisos. Acha que eu não tenho idade para falar sobre isso? Desculpe, mas vou desapontá-lo meu caro leitor. Para toda regra há uma exceção. E nessa regra de que "os adolescentes não amam" eu sou a exceção . Descobri que o amor dói. Machuca. Fere. E fica doendo por um bom tempo. Novidade? Bem, acho que não. Mas descobri que não existe dor maior ou dor menor. Ninguém pode medir o tamanho da dor de alguém; o que em mim dói horrores em você pode não fazer nem cócegas. Cada dor é uma dor. Mas existe a quantidade de importância que você dá a essa dor. Quer ficar na fossa? Tudo bem. Pensa na dor 24 horas por dia. Aí você chora, chora, chora e... chora ! Chorar é bom, lava os olhos e limpa a alma. Mas não sei se é a melhor opção. Acho que prefiro a que vem agora -> ... Como eu falei, chorar faz bem, lava os olhos e limpa a alma. Só que lencinho é caro e a vida é curta para ficar chorando por aí, por alguém que, nesse exato momento, deve estar pensando que nem eu e curtindo a vida. Curta a vida, por que a vida é curta. Ok, essa frase é, tipo, suuuper clichê, mas já reparou que, geralmente, todo clichê é verdade? Se todo mundo diz é por que, de certa forma, faz algum sentido. Então beenhê, chore, sofra, mas ponha limite nessa dor. O remédio? O tempo. Tá vendo como clichê é verdade? O tempo cura tudo. É como diz aquela música: ♪ o tempo passa e com ele passa a dor... pois tudo passa, até o amor ♪

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

· oi bonito estranho ·


Hoje eu conheci o azul que faltava para formar a tonalidade perfeita do roxo mais lindo que existe. A voz; o sorriso; o tocar; o olhar. O olhar. Um olhar que procurava incessantemente algo dentro dos meus olhos, alguma informação valiosa, algum vacilo meu. Um olhar que me mostrava o interior; seu interior. Um olhar que me deixou eufórica, querendo falar para os quatro cantos do universo que eu tinha conhecido você. Um olhar que me fez suar, embolar a fala, acelerar descompassadamente o coração. Mas como pode acontecer isso? Uma pessoa que eu acabara de conhecer poder me causar todos esses sintomas? Disseram-me que não podias ser meu. Não te quero para mim. Não te quero como propriedade privada. Queria você, junto a mim. Mas não te quero assim, como num desejo carnal. Sinto que posso cultivá-lo sem devorá-lo. Acharam minha ideia maligna. Diabólica. Mas haveis os anjos de entender esse meu desejo instantâneo. Você também. E quando enfim, ler o que escrevi, irá pensar que estou a falar n'outro. Mas tenha a certeza de que meu coração pensou em ti quando tomou meu corpo emprestado para escrever sobre a emoção de ter conhecido você. Pequeno novo belo amigo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

· dor ·


Canalha. Ordinário. Dissimulado. Falso. Frio. Calculista. Homem. Adjetivos muito leves para descrever a sua personalidade. Se é que valha a pena descrevê-la. Tuas palavras de nada mais servem aos meus ouvidos. Perderam o efeito. Tornaram-se repugnantes ao meu ouvir. Passaram da validade. Apodreceram. Assim como algo que eu pensei que um dia poderia sentir em relação a tua pessoa. Saber que um dia beijei-te os lábios com minha alma. Saber que um dia disse-te palavras ternas, sinceras, verdadeiras. Lembrar que um dia pude confiar a ti um sentimento tão forte e tão nobre. Deixar-me enganar, por palavras ditas, num momento de fraqueza. Deixar-te tocar a minha face com essas mãos imundas, que me apunhalaram pelas costas. Causa-me náuseas. Enoja-me saber que essa boca, que proferia palavras estonteantes, hoje não te serve nem ao papel de lamber o chão que eu piso. Minha alegria? Ver a tua decadência. Ver que todas as maldições que me jogastes, agora estão voltadas para ti. Saber que tuas lágrimas agora são verdadeiras, e cumpriram belissimamente a tarefa de apagar o teu sorriso falso e levar a tua verdadeira alegria junto. Mas ainda não me dou por satisfeita. Quero ver a tua dor. Quero ver teu sangue escorrendo pelo chão, esvaindo-se com a tua esperança de ter felicidade. Levando embora tuas lembranças cintilantes, que poderiam servir para a tua própria cura. Quero o teu coração numa bandeja, para servir de alimento aos cachorros da tua raça (espero que não sofram de indigestão). E depois de tudo isso, quero esquecer que um dia passastes por mim pincelando uma mancha escura e abstrata em minha vida. Minha dor? Sua culpa. Sua dor? Minha satisfação.

sábado, 31 de outubro de 2009

· a menina que sorria ·



Episódio acontecido em 2006.

Um dia, quando eu estava indo para a escola, estava furiosa porque tinha perdido o ônibus. Dia lindo. No imenso céu totalmente azul brilhava um sol delicioso, que a minha raiva não me deixava aproveitar, sem falar que eu suava feito louca. Reclamava comigo mesma. Só pensava numa prova de matemática que eu iria encontrar quando chegasse atrasada na escola, isso se eu desse a sorte de entrar no horário. De repente, olho para frente e me deparo com uma criança, uma garotinha que estava no colo de uma mulher, provavelmente sua mãe. A garotinha devia ter na faixa de uns sete a oito anos, usava óculos e tinha deficiência física. Olhei firmemente para ela, ainda com a minha expressão de raiva no rosto. Uma criança ‘normal’ teria uma das duas reações: ou iria se assustar, ou tiraria os olhos de mim na hora. Ela não. De repente, ela deu um sorriso engraçado, faltando dois dentes de leite na frente. Minha expressão de raiva foi trocada rapidamente pelo esboço de um sorriso desajeitado. Eu parei. Pensei. E me senti a pessoa mais ingrata do mundo. Deus me deu duas pernas perfeitas, que funcionavam muito bem, e eu reclamando por que tinha que andar um pouco, enquanto aquela garotinha, que não podia nem andar, não se preocupava se fazia sol ou chuva, mas ela estava lá, feliz da vida. Talvez você esteja pensando ‘ah, mas claro que ela estava feliz, ela não estava tendo o trabalho de andar no sol’. Se você não pensou, parabéns, meio caminho andado para o céu. Só que eu tive esse pensamento. E me senti a pessoa mais estúpida do mundo. Passavam outras crianças por nós, na mesma faixa de idade dela, só que elas estavam correndo, pulando e brincando. E a menina lá, sorrindo pra mim, sem se importar se suas pernas podiam correr ou não. Comecei a fazer o mesmo trajeto a pé, todos os dias. E nunca mais vi a menina que sorria. Talvez eu esteja doida, não sei, mas ninguém me tira da cabeça que aquela menina tinha que estar ali, naquela hora, naquele dia, pra me mostrar como eu era ingrata. O ser humano faz tempestade em copo d’água. Tem tudo nas mãos e mesmo assim o jardim do vizinho sempre é mais verde. E com tudo isso, uma criança de sete anos me ensinou que nada acontece por acaso.

· bolhas de sabão ·


Bolhas de sabão são “criaturas” incríveis: podem ser feitas 350 mil vezes, mas cada uma dessas 350 mil vezes é diferente da outra, cada bolha tem sua característica individual. Cada uma tem sua magia própria, seu encanto; são lindas de ver, ouvir e sentir. Têm sua beleza única e não podem ser guardadas em uma caixinha para que a gente fique olhando eternamente, ou mostre a alguém como é linda.
Assim são os melhores momentos da nossa vida; cada um é um, diferente do outro; não pode ser vivido novamente, nem ser guardado em uma caixa e colocado em nosso guarda roupa, mas em nossa mente podemos apertar o play até o disco arranhar, e só quem viveu com você esse tal momento vai saber a beleza que existe nessa lembrança.
Bolhas de sabão são pequenas e frágeis; melhores momentos muitas vezes duram pouco, mas é a gente quem decide se ele vai ser resistente, marcante, ou até mesmo inesquecível.
Bolhas de sabão não necessitam de nada, além de água e sabão, para acontecer; melhores momentos também não precisam “daquele lugar”, ou “daquelas pessoas”, nem de muita coisa, basta estar com pessoas que para você sejam realmente “aquelas pessoas”, que fazem aquele momento virar “aquele momento”.
Bolhas de sabão acontecem da forma mais simples, um assopro básico, e voilá; melhores momentos acontecem nas horas mais inusitadas que sua mente possa imaginar: desde um ônibus lotado a um check-in no aeroporto.
O que eu quis dizer com essa falação toda? Não sei, talvez para você ir misturar água e sabão e sair por aí assoprando um canudinho. Hello-o, acorda! Vai viver cada bolha de sabão que aparecer flutuando em sua frente, talvez dentro de alguma delas esteja a tão sonhada felicidade. Só não garanto que ela saia sorrindo, feliz e contente dizendo “Hi people, vim te buscar! Quer casar comigo?!”, pois a felicidade não bate na porta da nossa casa dizendo uma coisa dessas (se ela disser, eu juro que caio para trás!); ela aparece nos lugares mais improváveis, para nos pegar de surpresa, daí cabe somente a você a decisão de ser feliz.
Não deixe para fazer suas bolhas de sabão mais tarde, talvez quando você for fazê-las o sabão tenha acabado.

Viva como se fosse morrer amanhã. Aprenda como se fosse imortal.
 Mahatma Ghandi