sexta-feira, 27 de novembro de 2009

· adorável desgraçado ·


Sei lá. Adoro quando você me abraça. Odeio quando não me nota. Adoro quando me chama de moça bonita. Odeio quando está com pressa. Adoro quando me beija na testa. Odeio o fato de não me beijar na boca. Adoro quando me pede ajuda. Odeio quando não me chama pelo meu nome. Adoro quando pega na minha mão e o jeito horrível de simular o medo de escuro. Odeio quando me olha daquele jeito desconcertante, e me faz parecer uma boba diante de todos. Adoro o som da sua voz. Odeio quando não canta pra mim. Adoro o jeito engraçado de como você dança. Odeio sentir ciúmes. Adoro olhar em seus olhos castanhos e magnéticos. Odeio disfarçar e distanciar o que eu sinto. Adoro o emaranhado do seu cabelo. Odeio os dias que não o vejo. Adoro seu cheiro tão masculino e individual. Odeio quando me faz chorar, mesmo sem perceber. Adoro imaginar hipóteses. Odeio oportunidades perdidas. Adoro perder tempo lembrando do seu sorriso. Odeio quando debocham dos meus sentimentos. Adoro criar ciladas para te encontrar. Odeio quando não funcionam. Adoro o arrepio que a pronúncia do seu nome me causa. Odeio ser tão sonhadora. Adoro meu amor platônico. Odeio meu sentimento real. E por fim, vivo nessa bipolaridade conversa. Sentido amor e ódio por ti. Meu adorável desgraçado.

domingo, 22 de novembro de 2009

· pois tudo passa... até o amor ♫ ·


Texto de mil anos atrás, mas que achei pertinente para o momento vivido (:

Uma adolescente fala sobre o amor. Complexo. Contraditório. Intrigante. Justo uma das últimas pessoas que deveriam tocar nesse assunto resolve abordá-lo. Aí você se pergunta por que "uma das últimas?". Resposta: por que, geralmente nós, adolescentes, não amamos. Bem, agora você deve estar se perguntando "essa menina bebe?". Não, nem gosto de álcool ! Agora pare e analise a frase "nós adolescentes não amamos". Não se faça de besta, você entendeu o que eu quis dizer. É desse amor mesmo que eu estou falando. Desse que, geralmente, só os adultos sentem. Desse amor que nos traz alegrias e tristezas. Lágrimas com sorrisos. Acha que eu não tenho idade para falar sobre isso? Desculpe, mas vou desapontá-lo meu caro leitor. Para toda regra há uma exceção. E nessa regra de que "os adolescentes não amam" eu sou a exceção . Descobri que o amor dói. Machuca. Fere. E fica doendo por um bom tempo. Novidade? Bem, acho que não. Mas descobri que não existe dor maior ou dor menor. Ninguém pode medir o tamanho da dor de alguém; o que em mim dói horrores em você pode não fazer nem cócegas. Cada dor é uma dor. Mas existe a quantidade de importância que você dá a essa dor. Quer ficar na fossa? Tudo bem. Pensa na dor 24 horas por dia. Aí você chora, chora, chora e... chora ! Chorar é bom, lava os olhos e limpa a alma. Mas não sei se é a melhor opção. Acho que prefiro a que vem agora -> ... Como eu falei, chorar faz bem, lava os olhos e limpa a alma. Só que lencinho é caro e a vida é curta para ficar chorando por aí, por alguém que, nesse exato momento, deve estar pensando que nem eu e curtindo a vida. Curta a vida, por que a vida é curta. Ok, essa frase é, tipo, suuuper clichê, mas já reparou que, geralmente, todo clichê é verdade? Se todo mundo diz é por que, de certa forma, faz algum sentido. Então beenhê, chore, sofra, mas ponha limite nessa dor. O remédio? O tempo. Tá vendo como clichê é verdade? O tempo cura tudo. É como diz aquela música: ♪ o tempo passa e com ele passa a dor... pois tudo passa, até o amor ♪

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

· oi bonito estranho ·


Hoje eu conheci o azul que faltava para formar a tonalidade perfeita do roxo mais lindo que existe. A voz; o sorriso; o tocar; o olhar. O olhar. Um olhar que procurava incessantemente algo dentro dos meus olhos, alguma informação valiosa, algum vacilo meu. Um olhar que me mostrava o interior; seu interior. Um olhar que me deixou eufórica, querendo falar para os quatro cantos do universo que eu tinha conhecido você. Um olhar que me fez suar, embolar a fala, acelerar descompassadamente o coração. Mas como pode acontecer isso? Uma pessoa que eu acabara de conhecer poder me causar todos esses sintomas? Disseram-me que não podias ser meu. Não te quero para mim. Não te quero como propriedade privada. Queria você, junto a mim. Mas não te quero assim, como num desejo carnal. Sinto que posso cultivá-lo sem devorá-lo. Acharam minha ideia maligna. Diabólica. Mas haveis os anjos de entender esse meu desejo instantâneo. Você também. E quando enfim, ler o que escrevi, irá pensar que estou a falar n'outro. Mas tenha a certeza de que meu coração pensou em ti quando tomou meu corpo emprestado para escrever sobre a emoção de ter conhecido você. Pequeno novo belo amigo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

· dor ·


Canalha. Ordinário. Dissimulado. Falso. Frio. Calculista. Homem. Adjetivos muito leves para descrever a sua personalidade. Se é que valha a pena descrevê-la. Tuas palavras de nada mais servem aos meus ouvidos. Perderam o efeito. Tornaram-se repugnantes ao meu ouvir. Passaram da validade. Apodreceram. Assim como algo que eu pensei que um dia poderia sentir em relação a tua pessoa. Saber que um dia beijei-te os lábios com minha alma. Saber que um dia disse-te palavras ternas, sinceras, verdadeiras. Lembrar que um dia pude confiar a ti um sentimento tão forte e tão nobre. Deixar-me enganar, por palavras ditas, num momento de fraqueza. Deixar-te tocar a minha face com essas mãos imundas, que me apunhalaram pelas costas. Causa-me náuseas. Enoja-me saber que essa boca, que proferia palavras estonteantes, hoje não te serve nem ao papel de lamber o chão que eu piso. Minha alegria? Ver a tua decadência. Ver que todas as maldições que me jogastes, agora estão voltadas para ti. Saber que tuas lágrimas agora são verdadeiras, e cumpriram belissimamente a tarefa de apagar o teu sorriso falso e levar a tua verdadeira alegria junto. Mas ainda não me dou por satisfeita. Quero ver a tua dor. Quero ver teu sangue escorrendo pelo chão, esvaindo-se com a tua esperança de ter felicidade. Levando embora tuas lembranças cintilantes, que poderiam servir para a tua própria cura. Quero o teu coração numa bandeja, para servir de alimento aos cachorros da tua raça (espero que não sofram de indigestão). E depois de tudo isso, quero esquecer que um dia passastes por mim pincelando uma mancha escura e abstrata em minha vida. Minha dor? Sua culpa. Sua dor? Minha satisfação.