· tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas ·

 

Raiva. Minha primeira reação à sua ação. Eu te odeio! Passadas exatamente duas horas você se tornou a pessoa mais terna e doce que eu já conheci. Como faz? É genético? É de família? Sei lá. Mas alguma coisa em você atrai. É diferente, é surreal. Com você meus sorrisos saem naturalmente, não é nada forçado para aparentar empatia. Minhas lágrimas não necessitam ser escondidas, para não demonstrar minha fraqueza. E os assuntos se diversificam, fazendo a gente esquecer do tempo quando começa a conversar. A sua predisposição para nos atender quando necessitamos é algo que nem os bombeiros conseguiriam ter. Sem graça né?! É o convívio! São aquelas suas piadinhas sem noção que induzem a gente a fazer o mesmo às vezes. Só que, para minha tristeza (ou alegria!) elas nunca funcionam comigo. Um psicólogo nato, que nos diz o que é adequado, e isso nem sempre condiz com o que queríamos ouvir. Um filósofo, que tem suas próprias teorias de como as coisas foram, são, serão e poderiam ser. Um ator, que maquia seus sentimentos dolorosos, colocando o foco em outra pessoa; acredite, você é assim. Um super protetor, que às vezes passa do limite de proteção; “eu já disse que eu não tô com fome!”. Um abraço aconchegante, que acalenta e que transmite energia positiva sem pedir reciprocidade. Um homem com alma de menino, que gosta de Star Wars e Senhor dos Anéis (trágico!). Meu ouvinte fiel e paciente, que sabe coisas sobre mim que nem eu mesma sei. Que às vezes me entende, e quando não entende aceita do mesmo jeito, sem questionar. Que deposita em mim uma confiança gigante, e isso faz eu me sentir a pessoa mais importante do mundo. Que me oferece tanto, e nunca me cobra nada. Um ser humano, que muita gente não enxerga, mas que eu tive a sorte de ter cruzado a minha vida. Alguém que me lembra a Raposa do Pequeno Príncipe, que nos faz enxergar que “o essencial é invisível aos olhos” e que temos que cuidar das nossas rosas, pois “somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos”. A pessoa mais chata que eu aprendi a amar; de uma maneira pura, sincera e verdadeira, acima de tudo. E o melhor amigo que eu não escolhi para ter, mas se a escolha fosse-me dada não teria sido diferente. Eu amo muito você.