Se alguém me pedisse para definir o ano de 2014 em uma só palavra, seria DESPEDIDA. Esse ano foi marcado por várias despedidas: de pessoas legais, outras nem tanto assim; de pessoas que moram perto, outras que moram longe; de pessoas que posso reencontrar a qualquer hora, outras que não verei mais nessa vida. Só despedidas formais contei três. Daquelas com evento, flashback, comida e bebida, muitos abraços e claro, lágrimas também. Fora àquelas que não deu tempo de se despedir, pois algum imprevisto aconteceu mais rápido do que o esperado, ou àquelas em que tinha dia e hora para dar tchau, e a gente sofria por antecipação. Várias coisas foram finalizadas em 2014, e todas elas me deixaram com um sentimento de perda absurdo. Não sei se pelo fato de acontecer tudo junto, ou se eu sou alguém que tem certa resistência a dizer "adeus".
Enfim, o fato é que, olhando para a Baía de Todos os Santos, como estou agora enquanto escrevo, me dei conta de que o ferry boat, os barcos, os navios e até o Sol foram despedindo-se de mim. E agora eu só os vejo na linha do horizonte. Talvez voltem amanhã. Ou talvez não. O que sei é que quero me despedir novamente. E novamente. E sempre, e sempre. Por que todo o fim é um recomeço, e a despedida é necessária para que haja o reencontro. Mas e a conta da saudade, quem é que paga? Bom, para o problema, uma solução: nos encontremos todos novamente, para dividir essa conta por igual. Daí, aproveitamos e penduramos outra conta, para pagar ano que vem! E que 2015 venha e traga consigo duas palavras mágicas: ATÉ LOGO; para que os reencontros sejam mais frequentes; para que o áudio que será ouvido seja ao vivo e não uma gravação de aplicativo; para que as pessoas toquem mais umas nas outras e menos no celular; e para que o saldo de felicidade seja positivo, e no fim do ano que se inicia ninguém precise descer pro SPC dos sentimentos!
E um Feliz 2015 a todos nós!
